No dia 24 de abril de 2003, uma história épica foi escrita no futebol brasileiro. O Paysandu, o maior time do norte do Brasil, realizou o impensável para muitos: venceu o poderoso Boca Juniors, na mítica Bombonera, em Buenos Aires.
A partida era válida pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América. O Boca, com sua tradição e um time repleto de estrelas, era o favorito absoluto. A Bombonera, um caldeirão a céu aberto, estava lotada e pronta para celebrar mais uma vitória xeneize. No entanto, o que se viu em campo foi uma verdadeira batalha, onde a raça e a determinação do Paysandu superaram a técnica e a tradição do adversário.
A partida foi marcada pela tensão e pela emoção. O Bicola, com uma postura defensiva sólida e eficientes contra-ataques, conseguiu neutralizar o jogo do Boca. A torcida argentina, acostumada a ver seu time dominar os adversários, se calou diante da resistência do Papão. E foi em um desses contra-ataques que a história foi escrita. Iarley, com um chute preciso, balançou as redes e colocou o Paysandu na frente do placar.
A partir dali, o Paysandu se dedicou a proteger o resultado. A equipe paraense se fechou na defesa e suportou a pressão do Boca nos minutos finais. O apito final foi um alívio para os jogadores e para a torcida bicolor, que explodiu em festa. A vitória por 1 a 0 na Bombonera foi um feito histórico, que entrou para sempre na memória dos torcedores do Paysandu.
A conquista do Paysandu foi muito mais do que apenas uma vitória. Foi a prova de que o futebol é um esporte apaixonante, onde a vontade de vencer pode superar qualquer adversidade. Foi a demonstração de que, com garra e determinação, é possível alcançar objetivos que parecem impossíveis.
Infelizmente, na partida de volta, o Papão acabou sendo eliminado. Todavia, o evento ficou marcado na história do futebol sul-americano e é o caso mais emblemático de um clube do norte brasileiro em competições internacionais.