
Reprodução/O Liberal
Neste domingo (23), tem o RE-PA 776, válido pela 7ª rodada do Parazão 2025. Em 111 anos de história do Clássico Rei da Amazônia, vários personagens e fatos estiveram presentes no confronto. Hoje, vamos voltar para 2005, há exatos 20 anos, quando o Papão derrotou seu maior rival nos turnos do campeonato estadual e levou a taça.
Lobo quebrou a sequência de títulos do Leão
O Clube do Remo vinha de dois títulos consecutivos, em 2003 e 2004. Além disso, o rival empatou em número de títulos paraenses: 40 conquistas para ambos. No ano de 2005, o campeonato paraense foi disputado em dois grupos com 4 equipes, onde todos jogavam entre si.
Os líderes de cada grupo se classificavam para as finais de cada turno: Taça Cidade de Belém (1º turno) e Taça Estado do Pará (2º turno). Ao término das 7 rodadas da Taça Cidade de Belém, Remo e Paysandu terminaram como líderes de suas chaves e avançaram para a final em jogo único.
Na decisão, há exatos 20 anos, dia 23 de fevereiro de 2005, uma quarta-feira à noite. A peleja terminou empatada por 2 x 2, Robgol inaugurou o marcador para o Papão. Odair Hellman (sim, ele mesmo) empatou para o Remo cobrando falta. Depois, Róbson novamente colocou o Bicola em vantagem. Mas no fim, Alex Pinho cometeu pênalti e Geraldo deixou tudo igual.
Nos pênaltis, o pessoal se esforçou para não acertar, um festival de erros. O Remo desperdiçou quatro cobranças, três delas defendidas pelo goleiro Ronaldo. Só Gian acertou pelo lado da Antônio Baena. Balão e Clodoaldo converteram para a Travessa Curuzu e o Lobo sagrou-se campeão do 1º turno, pelo placar de 2 x 1 nas penalidades máximas.
Na Taça Estado do Pará, o mesmo roteiro, a dupla RE-PA liderou ambos os grupos e também fez a final do segundo turno. A equipe azulina precisava ser campeã para forçar a Taça Açaí, que era a final do Campeonato Paraense, o embate entre os campeões do 1º e 2º turno. Por outro lado, se o Papão levasse o caneco, seria o campeão paraense de 2005.
Igualdade em 0 x 0 no tempo normal. Mais uma decisão por penais. Robgol acertou a primeira do Paysandu e Gian fez para o Remo. Em seguida, Sandro Goiano mandou no travessão e Geraldo deu a vantagem para o Leão Azul. Entretanto, Lecheva marcou para os Papão e o goleiro Crisitiano perdeu para os azulinos. Tudo empatado em 2 x 2.
Posteriormente, Balão e Donizetti Amorim anotaram para o Paysandu. Serginho acertou sua cobrança, mas Barata errou, Ronaldo defendeu, e o Papão conquistou o Parazão pela 41ª vez, desempatando em números de títulos com o rival, que ficou com 40 troféus.
Curiosidade: Na época, o Campeonato Paraense não tinha transmissão televisiva. Todavia, na decisão do segundo turno, a TV Liberal, afiliada da Globo no Pará, entrou ao vivo com as cobranças de pênalti. A narração é de Plácido Ramos.